Cluster One - Pink Floyd

sábado, 17 de janeiro de 2015

Algumas notas sobre o ano que chegou.

                Mais um ano vem por aí e pelo visto vai ser um daqueles. Será um ano de turbulências políticas tanto no Brasil como no mundo, no caso tendendo para a melhora, pois as turbulências serão resultado de reações das “forças conservadoras”.
                No Brasil, o Partido dos Trabalhadores está em uma situação delicada, com o Petrolão batendo à porta e a ascensão da “nova direita”. Será sobretudo um ano de grandes lançamentos editoriais para ela, principalmente com os livros de Bruno Garschagen, Flávio Morgenstern, Alexandre Borges, Rodrigo Constantino, Graça Salgueiro, Olavo de Carvalho(Jardim das Aflições e outros) e muitos outros. O congresso é o mais conservador há várias decadas, os pensadores da direita no Brasil(OdeC, Felipe Moura Brasil, Reinaldo Azevedo,etc) só aumentam em popularidade e vendas editoriais e acesso em suas colunas e o povo pela primeira vez continuou interessado na política depois das eleições, isso sem contar que o Foro de São Paulo finalmente virou assunto no debate público. Isso sem contar a questão da economia nacional, assunto do próximo parágrafo. Ao que tudo indica, será um péssimo ano para as esquerdas brasileiras e um ano propício ao crescimento da oposição como um todo.
                A economia na república das bananas está hoje em estagflação e não apresenta muitos sinais de melhoras. É o “jeitinho Dilma/PT” de conduzir as coisas. Uma soma de incompetência, corrupção, burrice e excesso de estatismo e intervencionismo.  O setor industrial só vem piorando, a inflação está de volta, a equipe econômica anunciou aumento de impostos¹, o crescimento está zerado, temos um rombo de R$2 trilhões e a (ex)maior estatal brasileira está em frangalhos - hoje ocupando as páginas policiais. Isso são apenas alguns dos problemas na economia. A lista não tem mais fim se formos listar todos eles. Recomendo esses 2 artigos de Leandro Roque, postados no site do Instituto Mises Brasil(são longos):
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1984 –“O que nos aguarda e o que deve ser feito”
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1943 –“O que houve com a economia brasileira?”
                Nos EUA, a situação inteira mudou depois das eleições desse ano para o Congresso americano. O GOP(oposição) agora tem as 2 casas, ou seja, a governabilidade para Obama ficará um desastre, sendo somente possível governar por decreto. Essa é possívelmente uma das maiores mudanças no panorama político global, pois indica uma grande possibilidade de vitória dos republicanos na próxima eleição para presidente. Tal acontecimento mudaria drasticamente todo o cenário político internacional, principalmente porque a política externa,a de imigração/fronteiras e a econômica americana dariam um giro de 180º(Obama é um socialista fabiano). A economia americana também cresceu cerca de 4.5%-5% esse ano e tende a continuar nesse ritmo,o que significa que podemos dizer que a crise foi embora.
                O governo de Obama pode também, além de tudo, ter propiciado o surgimento de uma “Taiwan latino-americana” ao reabrir as relações com Cuba. Saiu no jornal da GloboNews que nos próximos anos, entrará uma montanha de dinheiro em investimentos na ilha comunista caribenha vindos dos EUA. A experiência histórica nos mostra que tais ações não adiantam nada para acabar com um regime socialista, muito pelo contrário, fortalece-se o aparato repressor(ver o caso chinês por exemplo). No fim, o que se realizará é a criação de uma potência economico-militar empenhada em difundir o socialismo no continente.
                A ascensão dos republicanos também poderá mudar a situação de Vladimir Putin na política internacional. 2014 não foi um bom ano para ele por conta dos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, além de um aumento do autoritarismo no regime russo. A reputação de Putin não anda muito boa, e uma vitória dos republicanos em 2016 nos EUA poderia ser catastrófica para a política internacional putinista-eurasiana.
                2015 será um ano marcado por conflitos internos nas políticas em vários países,o que é um bom sinal para a democracia e para as liberdades, até porque a essência mesma da democracia é o confronto político e a divergência(nesse caso uma divergência real e não uma operação de desinformação de criação de falsas dissidências, com vista a um projeto de poder totalitário).
                O ano presente também é fundamental para o Partido dos Trabalhadores, pois é nele que ocorrerá o 5º Congresso do PT, que terá como uma das pautas principais, repensar o partido perante a crise e definir a estratégia partidária(ou pode chamar de criminosa no caso) . O evento terá como foco também o “socialismo petista” e terá, como de costume, Lula discursando. Ao mesmo tempo que o petrolão e a crise de popularidade e de militância atinge em cheio o Partido, ele tenta se reorganizar(como ocorreu em 2005-2006, após o estouro do mensalão) para reeguer-se.

                E por fim, o ano já começou errado. O atentado ao Charlie Hebdo pelos mussulmanos alertou os líderes europeus contra o perigo islâmico e relembrou que o islã revolucionária “Qutubiano” é uma ameaça real a todos. Mas, para não variar, a establishment midiático internacional quase inteiro varreu para baixo do tapete os mais de 100.000 cristãos assassinados por ano nos países socialistas e islamicos e aproveitou o atentado terrorista para atacar o “fundamentalismo religioso”. Pois é leitor, pelo que parece, esse ano será, para quem gosta de polêmica e debate, um excelente ano. 

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